Pecados capitais recolocam o poderoso Timão no trilho da crise
Sem turbulências desde a conquista do Brasileirão, em 2011, Corinthians volta a se complicar com problemas internos e tem cobrança da Fiel
196 comentários
Tite vê a sombra do fracasso se aproximar dele
(Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)
Desde a conquista do Campeonato Brasileiro de 2011, o torcedor do
Corinthians não sabia o que era sofrer. De lá para cá, a Fiel comemorou a
Taça Libertadores da América, o Mundial de Clubes, o Campeonato
Paulista e a Recopa Sul-Americana. Só que depois de tanto tempo, o Timão
voltou a entender o que é crise. Há cinco jogos sem vencer no
Brasileirão 2013, a equipe passou a receber cobranças mais veementes da
torcida e teve até de mudar de rota para fugir da pressão.(Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)
Referência nos contextos nacional e internacional, o Corinthians está convivendo com os alguns pecados capitais atualmente, como gula, avareza/ganância, luxúria, ira, inveja, preguiça e vaidade/orgulho. No comando da equipe desde outubro de 2010, Tite, considerado por muitos o maior técnico da história do clube, não tem conseguido repetir o bom trabalho de antes. Muitos atribuem a queda de produção à venda de Paulinho para o inglês Tottenham, mas há muito mais problemas.
Temos um grande elenco, até por isso, com os resultados não
aparecendo, a coisa fica estranha. É um grande time, e o rendimento não é
satisfatório por isso"
Duílio Monteiro Alves, diretor-adjunto de futebol
Clube mais rico do país na atualidade, o Timão não tem economizado nos investimentos em marketing e na construção do seu estádio, em Itaquera. Não fez isso também na montagem do elenco para esta temporada. Talvez aí esteja um dos problemas. O investimento de R$ 40 milhões na contratação de Alexandre Pato e a chegada de outros medalhões mudaram a política do futebol corintiano, que antes apostava em contratações a custo zero ou de desconhecidos com potencial.
– Temos um grande elenco, até por isso, com os resultados não aparecendo, a coisa fica estranha. É um grande time, e o rendimento não é satisfatório por isso. A janela internacional está fechada e a maioria dos jogadores na Série A já fez mais de sete partidas... Não existem opções (para contratar mais) – disse o diretor-adjunto de futebol do Timão, Duílio Monteiro Alves.
O fato é que o técnico Tite está irado com o baixo rendimento da equipe, em especial do ataque. Nas últimas cinco partidas, o Corinthians fez apenas um gol. De quebra, tem o segundo pior ataque da competição, com 20 gols marcados. Só é melhor nesse quesito do que o lanterna Náutico, dono de somente dez gols no Brasileirão. Em determinado momento da partida contra o próprio time pernambucano, na última rodada do primeiro turno, o técnico fez um teste ousado.
Alexandre Pato é o principal nome desse ataque. Não é o mais efetivo, mas foi quem mais custou aos cofres corintianos: R$ 40 milhões. Ainda sem engrenar no clube do Parque São Jorge, o atacante tem despertado inveja em outros atletas do elenco. Há comentários entre jogadores de que o ex-Milan tem tratamento diferenciado, mesmo não rendendo como esperado. Sua falta de vibração também tem incomodado alguns jogadores do Timão.
Vibração, no entanto, falta a muitos no Corinthians atualmente. A queda de produção caminha lado a lado com a ausência de motivação. Depois de conquistar tudo, Tite tem encontrado dificuldade em fazer o grupo reagir. E o vestiário, ponto forte do Timão nessa era de ouro, tem sido um problema. O silêncio tem imperado antes e depois das partidas. Não há mais o diálogo fluente como antes. E Tite deixou de ser unanimidade para tornar-se desconfiança no clube.
Cássio, de pé, e Gil, deitado, lamentam derrota
(Foto: Marcos Ribolli)
– Temos contrato com ele até o fim do ano e ainda não conversamos. Como
todo ano, vamos conversar somente no fim, quando acabar o campeonato. O
momento não é para isso, mas sim para trabalhar e se recuperar – disse
Duílio Monteiro Alves, quando questionado sobre a renovação de contrato
do treinador.(Foto: Marcos Ribolli)
Ela depende, única e exclusivamente, de uma vaga na Libertadores da América do ano que vem. Há dois caminhos possíveis: chegar entre os quatro primeiros colocados do Brasileirão ou ganhar a Copa do Brasil (o Timão encara o Grêmio, nas quartas de final da competição). Tite sabe disso. E, segundo a diretoria, a única chance de ele sair antes do fim do ano é pedindo demissão.
Não costuma ser o perfil dele. É bem provável que Tite tente com todas as armas atingir seu objetivo. Mas o primeiro passo para ele e diretoria seria encarar de vez que as chances de título foram bem reduzidas e as de Libertadores, pelo Campeonato Brasileiro, seguem seriamente ameaçadas. Após 22 rodadas, o Corinthians está na sétima colocação, com 30 pontos, cinco a menos que o Atlético-PR, quarto colocado. E o time de Curitiba joga nesta noite.
Em queda na tabela, o Timão tem um desafio complicado no próximo domingo, às 16h, no estádio do Pacaembu, contra o líder Cruzeiro.
Pato é um dos principais problemas de Tite no Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)
Ronaldo vê Messi e CR7 como os únicos grandes do futebol atual
Colocando Neymar como candidato ao topo, Fenômeno lembra, em entrevista a jornal, que a concorrência era maior em sua época de jogador
Messi e CR7 são as figuras carimbadas no álbum
dos grandes, segundo Ronaldo (Foto: Marcos Ribolli)
A realidade do futebol mundial vem reservando espaço diariamente para
uma velada, porém badalada disputa particular entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, incansáveis na busca por gols defendendo Barcelona e Real Madrid, respectivamente. Um dos maiores especialistas no tema, Ronaldofallou,
em entrevista ao diário "AS", sobre a carência de outros grandes
goleadores, ressaltando que em sua época de jogador a chamada
concorrência era maior.dos grandes, segundo Ronaldo (Foto: Marcos Ribolli)
- Para mim, a competição é mais escassa agora. Eu olho e só vejo dois. Como Neymar está chegando, mas ainda falta muito. Mas na minha época havia muitos grandes jogadores. Eu concorria com Zidane, Rivaldo, Ronaldinho, Owen, Figo, Batistuta...Havia grandes jogadores que faziam muito em suas equipes. Agora há só Messi e Cristiano. A verdade é que eles são muito, muito bons – destacou o Fenômeno, mostrando predileção, no entanto, pelo argentino do Barça.
. Eu vou ficar com Messi. Mas é difícil. É como quando você quer comprar uma casa e te oferecem duas muito bonitas. Você tem que ficar com uma. Messi me parece mais completo. Ao menos mais decisivo. Nos momento importantes aparece e faz gols – ressaltou o maior artilheiro em Copas do Mundo.
Ronaldo também mostrou desembaraço ao ser “provocado” pelo repórter, que lembrou a controversa declaração de José Mourinho (após deixar o Real), alfinetando CR7 ao afirmar que o verdadeiro Ronaldo era o brasileiro.
- São coisas de Mourinho, prefiro não polemizar. Você tem que respeitar a opinião de cada um. Cada jogador escreve a sua história, e a história de um jogador não apaga a do outro. Estou feliz por ter terminado como eu fiz – frisou o ex-atacante e hoje empresário, que além da seleção brasileiro, brilhou no futebol europeu, destacando-se no PSV-HOL, no Internazionale-ITA, no Milan-ITA e nos gigantes espanhóis Barcelona e Real Madrid, justamente clubes hoje defendidos por Messi e Cristiano Ronaldo.
United, Liverpool e Tottenham negam apoio a ação contra a homofobia
Times dizem que não usarão cadarços nas cores do arco-íris e criticam a organização da campanha, iniciativa apoiada por empresa de apostas
53 comentários
Jagielka usará cadarços neste fim de semana
(Foto: Reprodução / Facebook)
Uma iniciativa conjunta da ONG Stonewall e de uma empresa de apostas da
Inglaterra tentou ganhar o apoio de clubes da Premier League na briga
contra a homofobia no futebol: para levantar tal bandeira, basta que os
atletas utilizem cadarços nas cores do arco-íris durante as partidas.
Porém, a ação encontrou resistência em algumas equipes, como Manchester
United, Liverpool e Tottenham, que criticaram a organização da campanha.(Foto: Reprodução / Facebook)
Cerca de cinco mil pares de cadarços foram enviados para clubes ingleses e escoceses, e as equipes que disseram "não" à iniciativa teriam ficado furiosas pela falta de explicação por parte dos organizadores, que apenas teriam mandado as caixas com o material para as equipes.
Outro motivo para a resposta negativa por parte de algumas equipes seria o envolvimento da empresa de apostas na ação. Alguns dirigentes, de acordo com o "Daily Mail", estariam vendo a participação da "Paddy Power" na iniciativa como uma forma de ganhar publicidade gratuita. Além disso, alguns clubes já possuem contrato de patrocínio com outras empresas do ramo, o que impediria uma parceria, mesmo tratando-se de uma campanha.
Cadarços personalizados para chuteira (Foto: Reprodução / Twitter)
Apesar de negarem apoio ao uso dos cadarços nas cores do arco-íris, as
equipes se mostraram disponíveis para pensar em outras ações junto à ONG
Stonewall e deixaram claro que pretendem lutar contra a homofobia no
futebol, assim como já participam de outras iniciativas, como a contra o
racismo.Nesta semana, o Everton - que tem contrato com a empresa de apostas envolvida na campanha - já afirmou que dará todo o apoio à iniciativa, e o capitão Jagielka será o primeiro a usar os cadarços personalizados. Nesta semana, o zagueiro Joey Barton, do QPR, já entrou em campo com sua chuteira modificada, dando apoio à ação.
A resposta dos clubes sobre a participação na camapanha, segundo o "Daily Mail":
- Arsenal: talvez
- Aston Villa: talvez
- Cardiff: talvez
- Chelsea: escolha dos jogadores
- Crystal Palace: escolha dos jogadores
- Everton: sim
- Fulham: escolha dos jogadores
- Hull: escolha dos jogadores
- Liverpool: não
- Manchester City: escolha dos jogadores
- Manchester United: não
- Newcastle: escolha dos jogadores
- Norwich: não
- Southampton: não
- Stoke: talvez
- Sunderland: não
- Swansea: não
- Tottenham: não
- West Brom: talvez
- West Ham: não
Fora de posição, Jadson não teme perder espaço na seleção brasileira
Meio-campista passa a jogar pelos lados com Muricy Ramalho, mas acredita que ainda assim poderá ser convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari
Fora de posição, Jadson não teme perder espaço
com Felipão (Foto: Marcos Ribolli)
A chegada de Muricy Ramalho mudou a função do meia Jadson
no São Paulo. Acostumado a ser o cérebro da equipe, o jogador passou a
fazer o trabalho pesado de acompanhar laterais e reforçar a marcação
pelos lados. Fora das últimas convocações do técnico Luiz Felipe
Scolari, o armador acredita que a troca não fechará ainda mais as portas
para a Copa do Mundo.com Felipão (Foto: Marcos Ribolli)
– No momento que o São Paulo está vivendo não tenho de ficar pensando se é bom para mim ou não. Tenho de pensar em ajudar o grupo a sair dessa situação. Claro que é o sonho de todo jogador disputar uma Copa do Mundo. O Felipão me conhece e pode ser dessa ou de outra forma de jogar que vou ter uma nova chance – afirmou.
Destaque do São Paulo no primeiro semestre, Jadson foi chamado por Scolari para disputar a Copa das Confederações, mas praticamente não teve oportunidades. Oscar era o preferido do treinador para fazer a função de carregar a bola até o setor ofensivo. Por isso, o armador tricolor só atuou nos minutos finais da decisão contra a Espanha.
Depois disso, ele não mais esteve nas listas - o Brasil enfrentou Suíça, Austrália e Portugal em amistosos. Desde o encerramento do torneio preparatório para a Copa do Mundo, aliás, o camisa 10 são-paulino não engrena uma sequência de boas atuações.
Estou fazendo o que o Muricy pediu para ajudar a equipe. É o momento de todo mundo se doar, se ajudar"
Jadson
– Estou fazendo o que o Muricy pediu para ajudar a equipe. É o momento de todo mundo se doar, se ajudar. Estou tentando cumprir da melhor forma. Nosso pensamento é nos distanciarmos da zona do rebaixamento e pensar em subir algumas posições. Não tem problema nenhum jogar dessa forma – disse atleta, de 29 anos.
Reserva contra a Ponte Preta, Jadson ganhou rapidamente a confiança de Muricy e foi titular diante de Vasco e Atlético-MG. O treinador aposta bastante que eles serão decisivos para melhorar o rendimento do São Paulo no segundo turno do Campeonato Brasileiro.
– Nós estamos nos entendendo dentro de campo, um tem colaborado com o outro nos últimos jogos. Quando as vitórias começam a aparecer, isso beneficia bastante.
Jogadores tentam fazer Mano desistir de demissão e ouvem: 'Me respeitem'
Incrédulo, elenco faz apelo e tenta evitar pronunciamento para imprensa. Técnico alega pedidos não assimilados e trata derrota como inadmissível
1432 comentários
Atordoados, alguns atletas tentaram demovê-lo da ideia até o último segundo. Chicão, Hernane, André Santos e Marcelo Moreno o perseguiram até a porta que dava acesso ao auditório onde seria dada entrevista coletiva. Não teve jeito. Mano Menezes seguiu firme, com a fisionomia fechada, até o microfone para revelar a todos que tinha pedido demissão. Era o ato final de uma passagem de três meses e dois dias, desde sua apresentação no Flamengo.
Aos jogadores, Mano Menezes seguiu a mesma linha do discurso dito à imprensa, mas foi mais profundo e se mostrou duplamente decepcionado: com a dificuldade do elenco a executar suas ordens e com a postura apresentada diante do Atlético-PR. Diante do grupo, as palavras seguiram a seguinte linha:
- Vocês não estão conseguindo assimilar o que peço. Já são quase quatro meses e não é feito o que peço em campo. Vou fazer uma coisa que nunca fiz, que é pedir demissão. O Flamengo não pode ficar nesta situação. É inadmissível perder um jogo desses. Estávamos ganhando por 2 a 0, mais próximos de fazer o terceiro e conseguimos perder.
- Nada vai mudar. Respeitem minha decisão.
Assim como os jogadores, o diretor executivo Paulo Pelaipe foi outro
que ficou espantado com o comunicado de Mano e apenas exclamava: “Que
isso!? Que isso?!”. Membros da comissão técnica e do staff
rubro-negro também não acreditavam na informação e a checavam
constantemente com jornalistas e funcionários que passavam pelos
corredores do Maracanã. Na saída do estádio, o abatimento era evidente em toda delegação do
Flamengo. Alguns membros, no entanto, não escondiam a frustração e até
certa irritação com a decisão de Mano. Surpresos, frustrados ou
irritados, os rubro-negros terão cerca de 12 horas para assimilar a
saída do treinador. Nesta sexta-feira, às 10h (de Brasília), já tem
treino no Ninho do Urubu, sob o comando do interino Jayme de Almeida. A
posição de momento é essa, mas até o jogo com o Náutico, domingo, em
Recife, tudo pode acontecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário