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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Pecados capitais recolocam o poderoso Timão no trilho da crise

Sem turbulências desde a conquista do Brasileirão, em 2011, Corinthians volta a se complicar com problemas internos e tem cobrança da Fiel

Por São Paulo
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Tite treino Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)Tite vê a sombra do fracasso se aproximar dele
(Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)
Desde a conquista do Campeonato Brasileiro de 2011, o torcedor do Corinthians não sabia o que era sofrer. De lá para cá, a Fiel comemorou a Taça Libertadores da América, o Mundial de Clubes, o Campeonato Paulista e a Recopa Sul-Americana. Só que depois de tanto tempo, o Timão voltou a entender o que é crise. Há cinco jogos sem vencer no Brasileirão 2013, a equipe passou a receber cobranças mais veementes da torcida e teve até de mudar de rota para fugir da pressão.
Referência nos contextos nacional e internacional, o Corinthians está convivendo com os alguns pecados capitais atualmente, como gula, avareza/ganância, luxúria, ira, inveja, preguiça e vaidade/orgulho. No comando da equipe desde outubro de 2010, Tite, considerado por muitos o maior técnico da história do clube, não tem conseguido repetir o bom trabalho de antes. Muitos atribuem a queda de produção à venda de Paulinho para o inglês Tottenham, mas há muito mais problemas.
Temos um grande elenco, até por isso, com os resultados não aparecendo, a coisa fica estranha. É um grande time, e o rendimento não é satisfatório por isso"
Duílio Monteiro Alves, diretor-adjunto de futebol
Durante toda a era Tite, o único momento de maior turbulência foi em fevereiro de 2011, quando o Corinthians foi eliminado na primeira fase da Libertadores para o até então desconhecido Tolima, da Colômbia. O técnico balançou, mas não caiu. Seguiu firme no cargo e deu início a uma trajetória pra lá de vitorioso. Trajetória que agora faz a torcida cobrar por mais e mais títulos. Nos últimos dois jogos, irritada com a apatia do time, ela gritou: “Joga por amor ou joga por terror”.
Clube mais rico do país na atualidade, o Timão não tem economizado nos investimentos em marketing e na construção do seu estádio, em Itaquera. Não fez isso também na montagem do elenco para esta temporada. Talvez aí esteja um dos problemas. O investimento de R$ 40 milhões na contratação de Alexandre Pato e a chegada de outros medalhões mudaram a política do futebol corintiano, que antes apostava em contratações a custo zero ou de desconhecidos com potencial.
– Temos um grande elenco, até por isso, com os resultados não aparecendo, a coisa fica estranha. É um grande time, e o rendimento não é satisfatório por isso. A janela internacional está fechada e a maioria dos jogadores na Série A já fez mais de sete partidas... Não existem opções (para contratar mais) – disse o diretor-adjunto de futebol do Timão, Duílio Monteiro Alves.
O fato é que o técnico Tite está irado com o baixo rendimento da equipe, em especial do ataque. Nas últimas cinco partidas, o Corinthians fez apenas um gol. De quebra, tem o segundo pior ataque da competição, com 20 gols marcados. Só é melhor nesse quesito do que o lanterna Náutico, dono de somente dez gols no Brasileirão. Em determinado momento da partida contra o próprio time pernambucano, na última rodada do primeiro turno, o técnico fez um teste ousado.
Info_7-PECADOS_Corinthians (Foto: Infoesporte)
Com vários desfalques por conta da suspensão de Emerson Sheik e das convocações de Alexandre Pato e Guerrero para as seleções brasileira e peruana, o técnico corintiano chegou a utilizar o zagueiro Paulo André como atacante. A ousadia não caiu bem para a diretoria alvinegra, que viu a atitude do treinador como uma indireta por mais contratações. Só que na visão dos cartolas, o elenco está suficientemente bem montado. Até com pedidos feitos pelo treinador.
Alexandre Pato é o principal nome desse ataque. Não é o mais efetivo, mas foi quem mais custou aos cofres corintianos: R$ 40 milhões. Ainda sem engrenar no clube do Parque São Jorge, o atacante tem despertado inveja em outros atletas do elenco. Há comentários entre jogadores de que o ex-Milan tem tratamento diferenciado, mesmo não rendendo como esperado. Sua falta de vibração também tem incomodado alguns jogadores do Timão.
Vibração, no entanto, falta a muitos no Corinthians atualmente. A queda de produção caminha lado a lado com a ausência de motivação. Depois de conquistar tudo, Tite tem encontrado dificuldade em fazer o grupo reagir. E o vestiário, ponto forte do Timão nessa era de ouro, tem sido um problema. O silêncio tem imperado antes e depois das partidas. Não há mais o diálogo fluente como antes. E Tite deixou de ser unanimidade para tornar-se desconfiança no clube.
Cassio corinthians e Ponte preta (Foto: Marcos Ribolli)Cássio, de pé, e Gil, deitado, lamentam derrota
(Foto: Marcos Ribolli)
– Temos contrato com ele até o fim do ano e ainda não conversamos. Como todo ano, vamos conversar somente no fim, quando acabar o campeonato. O momento não é para isso, mas sim para trabalhar e se recuperar – disse Duílio Monteiro Alves, quando questionado sobre a renovação de contrato do treinador.
Ela depende, única e exclusivamente, de uma vaga na Libertadores da América do ano que vem. Há dois caminhos possíveis: chegar entre os quatro primeiros colocados do Brasileirão ou ganhar a Copa do Brasil (o Timão encara o Grêmio, nas quartas de final da competição). Tite sabe disso. E, segundo a diretoria, a única chance de ele sair antes do fim do ano é pedindo demissão.
Não costuma ser o perfil dele. É bem provável que Tite tente com todas as armas atingir seu objetivo. Mas o primeiro passo para ele e diretoria seria encarar de vez que as chances de título foram bem reduzidas e as de Libertadores, pelo Campeonato Brasileiro, seguem seriamente ameaçadas. Após 22 rodadas, o Corinthians está na sétima colocação, com 30 pontos, cinco a menos que o Atlético-PR, quarto colocado. E o time de Curitiba joga nesta noite.
Em queda na tabela, o Timão tem um desafio complicado no próximo domingo, às 16h, no estádio do Pacaembu, contra o líder Cruzeiro.
Pato e Tite, treino Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)Pato é um dos principais problemas de Tite no Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)
 
 

Ronaldo vê Messi e CR7 como os únicos grandes do futebol atual

Colocando Neymar como candidato ao topo, Fenômeno lembra, em entrevista a jornal, que a concorrência era maior em sua época de jogador

Por Madri, Espanha
ronaldo Itaquerão Arena Corinthinas Visitas secretario da Fifa ronaldo (Foto: Marcos Ribolli)Messi e CR7 são as figuras carimbadas no álbum
dos grandes, segundo Ronaldo  (Foto: Marcos Ribolli)
A realidade do futebol mundial vem reservando espaço diariamente para uma velada, porém badalada disputa particular entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, incansáveis na busca por gols defendendo Barcelona e Real Madrid, respectivamente. Um dos maiores especialistas no tema, Ronaldofallou, em entrevista ao diário "AS", sobre a carência de outros grandes goleadores, ressaltando que em sua época de jogador a chamada concorrência era maior.

- Para mim, a competição é mais escassa agora. Eu olho e só vejo dois. Como Neymar está chegando, mas ainda falta muito. Mas na minha época havia muitos grandes jogadores. Eu concorria com Zidane, Rivaldo, Ronaldinho, Owen, Figo, Batistuta...Havia grandes jogadores que faziam muito em suas equipes. Agora há só Messi e Cristiano.  A verdade é que eles são muito, muito bons – destacou o Fenômeno, mostrando predileção, no entanto, pelo argentino do Barça.
. Eu vou ficar com Messi. Mas é difícil. É como quando você quer comprar uma casa e te oferecem duas muito bonitas. Você tem que ficar com uma. Messi me parece mais completo. Ao menos mais decisivo. Nos momento importantes aparece e faz gols – ressaltou o maior artilheiro em Copas do Mundo.
Ronaldo também mostrou desembaraço ao ser “provocado” pelo repórter, que lembrou a controversa declaração de José Mourinho (após deixar o Real), alfinetando CR7 ao afirmar que o verdadeiro Ronaldo era o brasileiro.
- São coisas de Mourinho, prefiro não polemizar. Você tem que respeitar a opinião de cada um. Cada jogador escreve a sua história, e a  história de um jogador não apaga a do outro. Estou feliz por ter terminado como eu fiz – frisou o ex-atacante e hoje empresário, que além da seleção brasileiro, brilhou no futebol europeu, destacando-se no PSV-HOL, no Internazionale-ITA, no Milan-ITA e nos gigantes espanhóis Barcelona e Real Madrid, justamente clubes hoje defendidos por Messi e Cristiano Ronaldo.
 
 

United, Liverpool e Tottenham negam apoio a ação contra a homofobia

Times dizem que não usarão cadarços nas cores do arco-íris e criticam a organização da campanha, iniciativa apoiada por empresa de apostas

Por Londres
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Jagielka everton campanho contra a homofobia (Foto: Reprodução / Facebook)Jagielka usará cadarços neste fim de semana
(Foto: Reprodução / Facebook)
Uma iniciativa conjunta da ONG Stonewall e de uma empresa de apostas da Inglaterra tentou ganhar o apoio de clubes da Premier League na briga contra a homofobia no futebol: para levantar tal bandeira, basta que os atletas utilizem cadarços nas cores do arco-íris durante as partidas. Porém, a ação encontrou resistência em algumas equipes, como Manchester United, Liverpool e Tottenham, que criticaram a organização da campanha.
Cerca de cinco mil pares de cadarços foram enviados para clubes ingleses e escoceses, e as equipes que disseram "não" à iniciativa teriam ficado furiosas pela falta de explicação por parte dos organizadores, que apenas teriam mandado as caixas com o material para as equipes.
Outro motivo para a resposta negativa por parte de algumas equipes seria o envolvimento da empresa de apostas na ação. Alguns dirigentes, de acordo com o "Daily Mail", estariam vendo a participação da "Paddy Power" na iniciativa como uma forma de ganhar publicidade gratuita. Além disso, alguns clubes já possuem contrato de patrocínio com outras empresas do ramo, o que impediria uma parceria, mesmo tratando-se de uma campanha.
JOey Barton everton campanho contra a homofobia (Foto: Reprodução / Twitter)Cadarços personalizados para chuteira (Foto: Reprodução / Twitter)
Apesar de negarem apoio ao uso dos cadarços nas cores do arco-íris, as equipes se mostraram disponíveis para pensar em outras ações junto à ONG Stonewall e deixaram claro que pretendem lutar contra a homofobia no futebol, assim como já participam de outras iniciativas, como a contra o racismo.
Nesta semana, o Everton - que tem contrato com a empresa de apostas envolvida na campanha - já afirmou que dará todo o apoio à iniciativa, e o capitão Jagielka será o primeiro a usar os cadarços personalizados. Nesta semana, o zagueiro Joey Barton, do QPR, já entrou em campo com sua chuteira modificada, dando apoio à ação.
A resposta dos clubes sobre a participação na camapanha, segundo o "Daily Mail":
- Arsenal: talvez
- Aston Villa: talvez
- Cardiff: talvez
- Chelsea: escolha dos jogadores
- Crystal Palace: escolha dos jogadores
- Everton: sim
- Fulham: escolha dos jogadores
- Hull: escolha dos jogadores
- Liverpool: não
- Manchester City: escolha dos jogadores
- Manchester United: não
- Newcastle: escolha dos jogadores
- Norwich: não
- Southampton: não
- Stoke: talvez
- Sunderland: não
- Swansea: não
- Tottenham: não
- West Brom: talvez
- West Ham: não

Fora de posição, Jadson não teme perder espaço na seleção brasileira

Meio-campista passa a jogar pelos lados com Muricy Ramalho, mas acredita que ainda assim poderá ser convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari

Por São Paulo
Jadson São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)Fora de posição, Jadson não teme perder espaço
com Felipão (Foto: Marcos Ribolli)
A chegada de Muricy Ramalho mudou a função do meia Jadson no São Paulo. Acostumado a ser o cérebro da equipe, o jogador passou a fazer o trabalho pesado de acompanhar laterais e reforçar a marcação pelos lados. Fora das últimas convocações do técnico Luiz Felipe Scolari, o armador acredita que a troca não fechará ainda mais as portas para a Copa do Mundo.
– No momento que o São Paulo está vivendo não tenho de ficar pensando se é bom para mim ou não. Tenho de pensar em ajudar o grupo a sair dessa situação. Claro que é o sonho de todo jogador disputar uma Copa do Mundo. O Felipão me conhece e pode ser dessa ou de outra forma de jogar que vou ter uma nova chance – afirmou.
Destaque do São Paulo no primeiro semestre, Jadson foi chamado por Scolari para disputar a Copa das Confederações, mas praticamente não teve oportunidades. Oscar era o preferido do treinador para fazer a função de carregar a bola até o setor ofensivo. Por isso, o armador tricolor só atuou nos minutos finais da decisão contra a Espanha.
Depois disso, ele não mais esteve nas listas - o Brasil enfrentou Suíça, Austrália e Portugal em amistosos. Desde o encerramento do torneio preparatório para a Copa do Mundo, aliás, o camisa 10 são-paulino não engrena uma sequência de boas atuações.
Estou fazendo o que o Muricy pediu para ajudar a equipe. É o momento de todo mundo se doar, se ajudar"
Jadson
A condição no grupo também se inverteu. Ganso, preterido por Ney Franco, voltou a ganhar espaço e passou a ser com Muricy o principal articulador de jogadas. Assim, Jadson vem sendo posicionado mais aberto pelo lado direito.
– Estou fazendo o que o Muricy pediu para ajudar a equipe. É o momento de todo mundo se doar, se ajudar. Estou tentando cumprir da melhor forma. Nosso pensamento é nos distanciarmos da zona do rebaixamento e pensar em subir algumas posições. Não tem problema nenhum jogar dessa forma – disse atleta, de 29 anos.
Reserva contra a Ponte Preta, Jadson ganhou rapidamente a confiança de Muricy e foi titular diante de Vasco e Atlético-MG. O treinador aposta bastante que eles serão decisivos para melhorar o rendimento do São Paulo no segundo turno do Campeonato Brasileiro.
– Nós estamos nos entendendo dentro de campo, um tem colaborado com o outro nos últimos jogos. Quando as vitórias começam a aparecer, isso beneficia bastante.


Jogadores tentam fazer Mano desistir de demissão e ouvem: 'Me respeitem'

Incrédulo, elenco faz apelo e tenta evitar pronunciamento para imprensa. Técnico alega pedidos não assimilados e trata derrota como inadmissível

Por Rio de Janeiro
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Incredulidade e súplica por uma reviravolta. Esse foi o clima no vestiário do Flamengo após Mano Menezes comunicar ao elenco e comissão técnica o pedido de demissão feito aos dirigentes minutos antes. Ainda abatidos pela derrota por 4 a 2 para o Atlético-PR (veja os lances no vídeo ao lado), os jogadores não esconderam a feição de surpresa pela informação, mas agiram rapidamente e pediram muito para que o treinador mudasse de ideia. Firme em sua decisão, Mano se mostrou irredutível e pediu apenas que o respeitassem.
Atordoados, alguns atletas tentaram demovê-lo da ideia até o último segundo. Chicão, Hernane, André Santos e Marcelo Moreno o perseguiram até a porta que dava acesso ao auditório onde seria dada entrevista coletiva. Não teve jeito. Mano Menezes seguiu firme, com a fisionomia fechada, até o microfone para revelar a todos que tinha pedido demissão. Era o ato final de uma passagem de três meses e dois dias, desde sua apresentação no Flamengo.
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Vocês não estão conseguindo assimilar o que peço. Já são quase quatro meses e não é feito o que peço em campo. Vou fazer uma coisa que nunca fiz, que é pedir demissão. O Flamengo não pode ficar nesta situação. É inadmissível perder um jogo desses"
Discurso de Mano Menezes aos jogadores no vestiário do Maracanã, após derrota na rodada
Aos jogadores, Mano Menezes seguiu a mesma linha do discurso dito à imprensa, mas foi mais profundo e se mostrou duplamente decepcionado: com a dificuldade do elenco a executar suas ordens e com a postura apresentada diante do Atlético-PR. Diante do grupo, as palavras seguiram a seguinte linha:
- Vocês não estão conseguindo assimilar o que peço. Já são quase quatro meses e não é feito o que peço em campo. Vou fazer uma coisa que nunca fiz, que é pedir demissão. O Flamengo não pode ficar nesta situação. É inadmissível perder um jogo desses. Estávamos ganhando por 2 a 0, mais próximos de fazer o terceiro e conseguimos perder.
Mosaico Mano Menezes Flamengo (Foto: Editoria de Arte)
Sem acreditar no que estavam ouvindo, os jogadores reagiram imediatamente e disseram que precisavam do treinador, pediram que a demissão fosse reavaliada, mas logo ouviram:
- Nada vai mudar. Respeitem minha decisão.
Assim como os jogadores, o diretor executivo Paulo Pelaipe foi outro que ficou espantado com o comunicado de Mano e apenas exclamava: “Que isso!? Que isso?!”. Membros da comissão técnica e do staff rubro-negro também não acreditavam na informação e a checavam constantemente com jornalistas e funcionários que passavam pelos corredores do Maracanã. Na saída do estádio, o abatimento era evidente em toda delegação do Flamengo. Alguns membros, no entanto, não escondiam a frustração e até certa irritação com a decisão de Mano. Surpresos, frustrados ou irritados, os rubro-negros terão cerca de 12 horas para assimilar a saída do treinador. Nesta sexta-feira, às 10h (de Brasília), já tem treino no Ninho do Urubu, sob o comando do interino Jayme de Almeida. A posição de momento é essa, mas até o jogo com o Náutico, domingo, em Recife, tudo pode acontecer.

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