São Paulo usa histórico no Morumbi para abrir vantagem sobre o Bolívar
Com 80% de aproveitamento em casa na Libertadores, Tricolor tenta confirmar favoritismo para evitar sufoco em La Paz, no dia 30
São Paulo terá o apoio da torcida e do Morumbi
A estreia no Campeonato Paulista contra o Mirassol foi apenas um
aperitivo para o prato principal que o São Paulo não consome há dois
anos. O apetite pela Libertadores é voraz. Favorito e dono de um elenco
badalado, o Tricolor desponta como um dos favoritos ao título, mas antes
precisará se livrar do primeiro mata-mata para chegar aos grupos. Nesta
quarta-feira, o time recebe o Bolívar, às 22h, agarrado a um histórico
mais que positivo em jogos no Morumbi.A equipe pisará no gramado de seu estádio com um retrospecto amplamente favorável para encarar um adversário eliminado pelo Santos em 2012 perdendo por 8 a 0, na Vila Belmiro. Em 70 partidas no maior torneio das Américas, o aproveitamento é de 80,4% dos pontos – 53 vitórias, dez empates e apenas sete derrotas.
É nele que o técnico Ney Franco e os jogadores confiam para um início que possa dar tranquilidade à equipe. A meta é abrir uma boa vantagem de gols para não sofrer com o poder dos bolivianos nos 3.660m de altitude de La Paz, palco da segunda partida, marcada para o dia 30 de janeiro. Quem vencer, cairá no Grupo 3, com Arsenal, da Argentina, The Strongest, da Bolívia, e Atlético-MG.
Marcelo Silveira, do Uruguai, apita a partida. Os auxiliares, também uruguaios, são Mauricio Espinosa e Marcelo Costa. A TV Globo transmitirá a partida ao vivo para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Pará (exceto para a região de Santarém) e Distrito Federal. O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida em Tempo Real.
São Paulo: Ney Franco mudou de opinião no último treino e decidiu mexer. O meia Paulo Henrique Ganso perdeu a vaga de titular para o atacante Aloísio. Assim, o treinador resgata o esquema 4-3-3, campeão da Copa Sul-Americana. Na lateral esquerda, Cortez, recuperado de dores na coxa direita, volta na vaga de Carleto. A formação é a seguinte: Rogério Ceni, Douglas, Lúcio, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Denilson e Jadson; Aloísio, Luis Fabiano e Osvaldo.
Bolívar: o time deve repetir a escalação que bateu o La Paz por 1 a 0 no último sábado, pelo Campeonato Boliviano. O técnico espanhol Miguel Portugal contará novamente com o atacante uruguaio William Ferreira, que retornou recentemente ao grupo após uma temporada no Liverpool, do Uruguai. Outra aposta é o goleiro argentino Marcos Arguello. Os celestes devem entrar em campo com: Arguello; Christian Vargas, Nelson Cabrera, Albarracín e R. Cardozo; Walter Flores, Damir Miranda, Lizio, Alvarez e J. Arce (Maygua); William Ferreira.
São Paulo: o zagueiro Paulo Miranda, expulso na decisão da Copa Sul-Americana do ano passado, cumpre suspensão.
Bolívar: ninguém.
São Paulo: Jadson voltará a atuar na função em que se encontrou no Tricolor. Atuando como um meia clássico centralizado, o baixinho subiu de produção e fez o gol que fechou a vitória sobre o Mirassol. É pelos pés dele que a equipe tentará furar o bloqueio boliviano.
Bolívar: o capitão dos celestes, o atacante uruguaio William Ferreira, retornou ao time na partida contra o La Paz depois de ter passado uma temporada no Liverpool, do Uruguai. E sua volta já foi com gol. Ele fez o único da vitória do Bolívar pelo campeonato nacional e é a esperança de gols também para o confronto no Morumbi.
Ney Franco, técnico do São Paulo: “Nosso primeiro pensamento é a vitória. Se tivermos competência para ganhar bem, melhor. Claro que temos de pensar no segundo, na altitude, mas primeiro é colocar nossa força máxima em termos de entrega para vencer em casa”.
Marcos Arguello, goleiro do Bolívar: “Nós podemos causar danos ao São Paulo. Em campo, são 11 contra 11. A diferença é somente em termos econômicos, já que a equipe deles vale mais de US$ 5 milhões e a nossa menos de US$ 1 milhão”.
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* Retrospecto do Tricolor em casa é amplamente favorável. Em 70 partidas na Libertadores, o aproveitamento é de 80,4% dos pontos. Foram 53 vitórias, dez empates e apenas sete derrotas.
O São Paulo e Bolívar foram rivais de grupo na Taça Libertadores de 1992, ano em que o clube tricolor conquistou a competição pela primeira vez em sua história. Na Bolívia, em jogo disputado no Estádio Hernando Siles, em La Paz, empate em 1 a 1. No Morumbi, no dia 14 de abril, o time comandado por Telê Santana venceu por 2 a 0, gols de Antônio Carlos e Macedo.